Resenha – A morte usa Gravata

Sinopse: “Trabalhar num escritório nunca foi uma tarefa fácil e prazerosa, mexer com papéis o dia inteiro pode vir a se tornar estressante, pior ainda quando o escritório em que você trabalha é o da Morte, onde os óbitos nunca param de chegar. O trabalho de Morte é igual o de mãe, nunca acaba. O pior de tudo é que você já não pode ser demitido por falecimento, afinal, já morreu! Bem, mas nem só de tristeza e luto a morte vive, se não fosse por ela, Brian talvez nunca tivesse feito amizade com Sauro, que sem dúvida é a morte mais extravagante do ramo (e o mais folgado também). Sauro, como todo bom cidadão, odeia seu trabalho, vive fugindo das responsabilidades e chegando atrasado. Sim, isso mesmo, a morte tem vários funcionários, e sempre há vagas para novos candidatos! Então venha, deixe a gravata te enforcar, arrume seu paletó de madeira e junte-se ao serviço! Ou, pelo menos, se não conseguiu entender nada do que está acontecendo, dê uma pequena olhada no além, do outro lado da vida. Vamos, chegue mais perto, leia e descubra. Mas, tome cuidado, é só você se distrair que eles vão te forçar a ficar até depois do expediente!”

Romance | 272 páginas | Cortesia Editora Pandorga |
Autor: Brian A. Copolla | Publicado em 2017 |Classificação 4/5 |
Compre & Compare  Fnac Livraria da Folha 

Um dos livros que mais me divertir lendo nos últimos dias, A morte usa Gravata é para leitores que gostam de uma sacada meio humor negro, misturado com reflexões.

Confesso que ao ver a capa pensei que o livro era de suspense ou terror (meus preferidos), porém ele surpreendeu de tal maneira…

O livro nos apresenta Brian, um rapaz comum que vive sua vidinha pacata e automática. Ele não tem nenhuma ambição, o máximo que ele quer é terminar seu bendito trabalho para chegar em casa e assistir TV.. como todos os dias.

– A questão é que a vida sempre muda, mas meu trabalho não é impedir essas mudanças; eu não escolho quem deve morrer, assim como não posso interagir para ajudar.

Porém em um dia inusitado, Brian conhece um a cara, digamos que uma louco, porém esse cara não era tão louco assim, ele tem um trabalho muito peculiar.  Nesse dia esse homem faz uma proposta para Brian, que pode mudar sua vida toda…ou não. Isso vai depender o quanto Brian está disposto a mudar seus conceitos.

– Meu trabalho é só informar quem morreu, a vida está jogada no caos, por isso “pessoas matam pessoas”.

Dois personagens que amei muito são o Sauro e o Gaspar, Sauro é aquele cara descontraído, fanfarrão que leva tudo na brincadeira e Gaspar é o guru que está sempre dando conselhos e nos fazendo repensar nossas ideias e atitudes.

Eu gostei bastante dos personagens, eles são bem descritos e suas personalidades são bem características. A história é bem contada e a escrita é fluída.

O livro tem uma mistura de descontração, drama e reflexões, coisas como:
O que queremos de nossas vidas? Por que trabalhar tanto em algo que você não gosta para ter tantas coisas que não vai precisar? Bens materiais trazem felicidade? E muitas outras reflexões sobre o que nos espera depois da morte..

-Ah, não se esqueça: a dor torna você humano.

Super recomendo A Morte usa Gravata! ^^)

 

Olá, o que você achou?